Marina Sena voltou a chamar atenção ao falar abertamente sobre escolhas pessoais que rompem expectativas sociais. Em entrevista, a cantora foi direta: casamento não faz parte de seus planos. Apesar de viver uma relação sólida com Juliano Floss, afirmou que não se imagina vestida de noiva e que a cerimônia tradicional não combina com sua forma de enxergar a vida.
Essa postura reflete a coerência de uma artista que sempre se destacou por questionar padrões e colocar a liberdade individual no centro de sua trajetória. Ao descartar o casamento, Marina não rejeita o amor ou a parceria, mas rejeita a ideia de que felicidade está atrelada a rituais impostos pela sociedade.
O mesmo vale para a maternidade. Ter filhos biológicos não está entre seus objetivos, mas ela revelou que cogita a adoção em um futuro distante. Para Marina, seria possível oferecer a uma criança um lar com tempo, dedicação e afeto — algo que ela imagina poder construir por volta dos cinquenta anos. Esse pensamento traduz um equilíbrio entre autonomia e responsabilidade, mostrando que a recusa à maternidade tradicional não significa ausência de desejo de cuidado.
Sobre a relação com Juliano Floss, Marina deixou claro que suas escolhas pessoais não colocam em risco o vínculo. Ao contrário, revelam que liberdade e afeto podem caminhar juntos, fortalecendo um relacionamento baseado em respeito e compreensão mútua.
Outro ponto de destaque foi a forma como a cantora abordou sua autoestima. A fama, com suas críticas e pressões, exigiu dela um processo de reconstrução interna. Marina contou que precisou reivindicar novamente seu amor-próprio, reconhecendo sua própria força e talento. Essa sinceridade diante das câmeras funciona como espelho para fãs que também enfrentam inseguranças em suas trajetórias.
No campo artístico, a mineira demonstra ambição equilibrada. Sonha com um Grammy, mas sem pressa ou obsessão. Para ela, o tempo é aliado. O objetivo é construir uma carreira longa, com décadas de produção e consistência. “Quero chegar aos oitenta anos com cinquenta discos lançados”, declarou. Em tempos de imediatismo e consumo rápido, a fala ressoa como resistência, sobretudo em um mercado que tende a descartar mulheres após determinado ponto da carreira.
A mensagem que Marina transmite vai além da música. É sobre ser dona da própria narrativa, recusar imposições sociais e, ainda assim, projetar um futuro de afeto, arte e autenticidade. Seja ao rejeitar o casamento, redefinir a maternidade ou sonhar com uma carreira duradoura, ela reforça que liberdade não é solidão, mas uma forma de amar — a si mesma e ao outro — sem correntes.
Marina Sena, mais uma vez, não apenas canta: provoca reflexão, confronta padrões e mostra que estar no controle da própria vida é, talvez, o maior ato de empoderamento.