O mundo da moda de luxo vive uma de suas maiores revoluções nas últimas décadas. O grupo Prada anunciou nesta sexta-feira a aquisição da rival italiana Versace por € 4,8 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões), em um movimento que reconfigura o cenário do luxo mundial e surpreendeu analistas do setor.
Os detalhes do negócio
- Valor da transação: € 4,8 bilhões (incluindo dívidas)
- Estrutura: Prada mantém Versace como marca independente
- Controle acionário: Família Prada terá 60% da nova holding
- Liderança: Donatella Versace permanece como diretora criativa
Por que a Prada comprou a Versace?
Especialistas apontam três motivos estratégicos:
- Sinergia de mercados: Prada fortalece presença no luxo acessível
- Complementariedade: Versace agrega DNA de moda ousada ao grupo
- Guerra contra conglomerados: LVMH e Kering dominam 42% do mercado
O que muda para os consumidores?
- Lojas: Redes físicas devem ser integradas em capitais globais
- Preços: Possível aumento de 8-12% nas linhas entry-level
- Coleções: Primeira colaboração Prada x Versace prevista para 2025
Impacto no mercado
A fusão cria o 3º maior grupo de luxo do mundo, com:
- € 12 bilhões em vendas anuais combinadas
- 1.850 lojas em 78 países
- 28 mil funcionários globais
Reações do setor
- Bernard Arnault (LVMH): “Respeitamos, mas não nos preocupa”
- François-Henri Pinault (Kering): “O mercado precisa de equilíbrio”
- Bolsa de Milão: Ações da Prada subiram 5,3% após anúncio
Cenário futuro
Analistas projetam:
- Novas aquisições de médias marcas de luxo
- Pressão sobre marcas independentes como Dolce&Gabbana
- Expansão acelerada na Ásia e Oriente Médio
Esta fusão histórica, batizada internamente de “Projeto Medusa” (em referência ao logo da Versace), marca o início de uma nova era na moda de luxo, onde apenas os maiores e mais ousados sobreviverão.
